A Procuradoria
Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) escolheu a Fundação Carlos
Chagas (FCC) para organizar o concurso destinado a cargos dos níveis
médio, médio/técnico e superior, na área de apoio. O órgão precisa apenas
oficializar a banca, assinando o contrato e publicando a dispensa de
licitação no Diário Oficial do Estado (DOE). A previsão da procuradoria é
fazer isso nos próximos dias, e publicar o edital até dezembro. A
definição da banca ajuda no cumprimento desse calendário. A
informação é extraoficial. O órgão não confirma a escolha, mas a definição
da FCC como organizadora foi garantida por duas fontes da PGE-RJ ouvidas
pela FOLHA DIRIGIDA.
Procurada, a
Diretoria de Gestão do órgão, setor responsável pelo concurso, não negou e
nem confirmou a escolha, limitando-se a informar que "ainda não pode
confirmar a organizadora". Ainda de acordo com o departamento,
"o processo (de escolha da banca) encontra-se na assessoria
(jurídica) para manifestação, de modo que, somente após o retorno, poderão
ser prestadas maiores informações". A posição oficial confirma que
falta apenas a assinatura para que a banca seja divulgada. Além de
prever a publicação do edital até dezembro, a procuradoria pretende
aplicar as provas em fevereiro ou março, segundo informado por essas
fontes. A estrutura da seleção também já foi definida: haverá 60 questões
objetivas de Português, Noções de Informática e Noções de Direito (Direito
Administrativo, Direito Constitucional e Direito Processual) para o cargo
de técnico processual, de nível médio.
Serão propostas
ainda 70 questões objetivas de Português e Conhecimentos Específicos aos
interessados na função de analista, de nível superior. Os candidatos às
vagas de 3º grau serão submetidos ainda à contagem de títulos. As
objetivas serão aplicadas em dois turnos, sendo as de analista pela manhã,
e as de técnico, à tarde.
O concurso visará à
formação de cadastro de reserva nos cargos de técnico processual (nível
médio), técnico contábil e de sistemas de métodos (médio/técnico) e
analista (superior) nas áreas de Administração, Contabilidade, Análise de
Sistemas, Biblioteconomia, Medicina, Comunicação Social, Direito e
Engenharia/Arquitetura. Nos níveis médio e médio/técnico, a remuneração é
de R$4.542,42 (podendo chegar a R$5.676 com titulação). Já para analista,
o rendimento é de R$6.382 (podendo chegar a R$7.516).
Os classificados
serão lotados no Rio de Janeiro e nas procuradorias regionais, em Niterói,
Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Barra do Piraí, Volta Redonda, Angra dos
Reis, Petrópolis, Nova Friburgo, Macaé, Campos dos Goytacazes, Itaperuna e
Cabo Frio). O regime de contratação é o estatutário, que garante a
estabilidade empregatícia.
A PGE-RJ
localiza-se no Centro do Rio, sendo de fácil acesso aos cariocas. A
expectativa é que haja um bom número de contratações por meio dessa
seleção, pois a procuradoria realizou muitas exonerações nos últimos
meses, principalmente referentes a terceirizados ou comissionados. A
validade do concurso será de dois anos, prorrogável por igual período. O
último concurso da PGE-RJ foi realizado em 2009, quando a FCC também
recebeu inscrições e aplicou provas. A sua escolha novamente, portanto,
ajuda aos interessados.
Especialista dá
dicas de Legislação Específica
A PGE-RJ está
prestes a oficializar a Fundação Carlos Chagas (FCC) como organizadora do
concurso. Com a proximidade da divulgação do edital, os interessados em
participar da seleção já iniciam a preparação dos estudos para as provas. Para
auxiliar os candidatos, FOLHA DIRIGIDA conversou com a professora Claudete
Pessôa, especialista em Legislação Específica, que forneceu dicas a respeito do
possível conteúdo que será cobrado pela banca. A especialista diz que,
normalmente, a FCC apresenta provas de múltipla escolha, onde o candidato deve
reforçar a atenção.
“Ele deve estar
atento ao enunciado, pois nem sempre se quer a resposta correta, ou seja, não
raro o candidato deve procurar a afirmativa que confronta com o conteúdo
explorado na questão. Para a minha matéria, Legislação Específica, isso se
reforça.” A docente afirma que são nos enunciados que a FCC costuma colocar as
famosas “pegadinhas concurseiras”. Claudete explica que esta é uma banca que
explora bem o conteúdo do edital e, na parte legislativa, o estudo do texto
legal se mostra uma excelente estratégia de preparação. Testar os conhecimentos
do candidato usando como exercício provas de concursos anteriores também é
indicado por ela como um bom método de treinamento, visto que o conteúdo não se
altera muito.
“Não acredito em
grandes surpresas no edital. É bem provável que o conteúdo se repita. O que é
muito importante é que as leis provavelmente serão as mesmas, mas atualizações
acontecerão e o candidato deve estar atento a tais mudanças”, sinaliza a
especialista. A respeito das disciplinas que podem dificultar a aprovação,
Claudete aponta Língua Portuguesa e Legislação Orgânica como sendo uma “pedra
no sapato” do candidato. “Legislação Orgânica é sempre um desafio, pois exige o
conhecimento não só da estrutura da instituição, mas também das regras
estatutárias aplicáveis aos procuradores do Estado, regras estas que não podem
ser confundidas com as disposições legislativas do Estatuto do Servidor do
Estado. O candidato deve estudar a sua futura carreira (Lei 4720/2006), mas
também a carreira do membro da PGE, constante na Lei Orgânica (LC 15/1980).”
Para que os
interessados no concurso se saiam bem nas avaliações, a professora enumera
algumas estratégias que podem ser adotadas por eles. “É importante que o
candidato analise o conteúdo do último edital e monte um quadro de horários
para estudar, iniciando pelas matérias que têm maior dificuldade, ou seja,
dedicando um tempo maior às mesmas.” Ela comenta, ainda, que é preciso fazer
uma revisão geral do conteúdo, para que, mesmo que sejam assimiladas, não
ocorra esquecimento de certas matérias pela falta de contato. A professora
disponibiliza em seu site, gratuitamente, toda a legislação atualizada.